A 9 de Abril foi entregue no Parlamento uma Petição
contra Mega Terminal de Contentores na Caparica-Trafaria, subscrita por 6.420
pessoas, que defendia o desenvolvimento da Caparica-Trafaria, baseada no Plano
Ribeirinho Sul, com aposta no turismo (em 2013 a praia da Caparica foi
considerada a 5ª melhor praia urbana do mundo pelo site cheapflights) e na
pesca artesanal.
O PROT-AML – plano regional de ordenamento do
território – defende para a região a aposta no turismo e na preservação
ambiental, que seria completamente colocado em causa pela construção do mega
terminal de contentores da Caparica-Trafaria.
Mais de 6 meses depois da entrega da Petição, que na altura teve como primeiros subscritores a Presidente da Câmara Municipal, o Presidente da Assembleia Municipal e todos os 11 Presidentes de Junta de Freguesia, independentemente de serem da CDU, PS e PSD, os autarcas voltaram ao Parlamento para serem ouvidos na Comissão de Economia e Obras Públicas.
Nos meses seguintes à entrega da Petição vários acontecimentos vieram acentuar a justeza das posições tomadas, nomeadamente:
- a audição no Parlamento do Presidente da Refer, em
Maio de 2013, onde apresentou o projecto da via férrea, com um investimento à
partida de 160 milhões de euros;
- a audição da Presidente do Porto de Lisboa, em
Maio de 2013, que não apresentou investidores, mas antes referiu que iria fazer
um road-show para atrair esses investidores, mas entretanto estudos e obras
iriam começar..
- a audição dos Presidentes de Câmara de Almada, Lisboa e Barreiro e do Presidente da Junta Metropolitana de Lisboa, em Junho de 2013, que reafirmaram a oposição das autarquias eleitas contra o projecto;
- a escandalosa demissão da Presidente do Porto de Sines, por parte do Ministro da Economia, exactamente na véspera de ir prestar esclarecimentos à Comissão de Economia e Obras Públicas, em Junho de 2013, sabendo-se que está parado um investimento de expansão do porto de Sines que tem crescido a 2 dígitos, enquanto o de Lisboa está estagnado e que exigiria um investimento público de cerca de 10% do investimento do investimento público da Caparica-Trafaria;
A Associação Contentores na Caparica - Trafaria
NÃO, surgiu como a resposta dos cidadãos ao atentado ambiental, à destruição das
praias da Costa da Caparica, à defesa urbanística da área e à delapidação dos
dinheiros públicos.
Entretanto a sociedade
civil também se organizou constituindo a associação cívica “Associação
Contentores na Caparica - Trafaria Não!”, que também estará presente na
Assembleia da República, tendo já desenvolvido diversas acções, desde a sua criação em Abril (ver no blog "Ações de Protesto").
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