terça-feira, 14 de outubro de 2014

Novo Livro “OuTrafaria” de Carlos Barradas Leal


No dia 7 de Outubro foi apresentado na Biblioteca da Trafaria, perente uma sala completamente cheia, o novo Livro “OuTrafaria” de Carlos Barradas Leal, uma edição do Centro de Arqueologia de Almada e da Junta da União das Freguesias de Caparica e Trafaria.

Depois de uma intervenção inicial por parte da Presidente da Junta da União das Freguesias de Caparica e Trafaria e de um membro do Centro de Arqueologia de Almada, o autor fez uma breve apresentação do livro, relatando diversas episódios da história da Trafaria, desde o século XVI até aos nossos dias. Entre os membros de uma assistência multifacetada estava o vereador da Cãmara Municipal de Almada António Matos.

Após o presumível levantamento da ameça da construção de um mega terminal de contentores na Caparica Trafaria, o livro permite descobrir outras ameaças que pairaram ao longo da história sobre a Trafaria.



quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

1 ano após o anúncio do terminal de contentores na Caparica-Trafaria –Tudo ainda em aberto ! Participe no debate no domingo, 23/2, 15.30 H no Auditório da Costa da Caparica


 
1 ano após o anúncio governamental da construção de um terminal de contentores na Caparica-Trafaria, continuamos sem nada saber de concreto sobre o assunto.
Foi, entretanto, nomeada uma comissão para avaliação e identificação das obras públicas a realizar, cujo parecer é inconclusivo – continua a referir a necessidade de um terminal e de um porto de águas profundas, sem referir a localização, e dizendo apenas que será na zona da Grande Lisboa e, agora, com investimento previsto menor (600 milhões de euros).
Por resolver, continua a questão da reserva territorial do Porto de Lisboa, que impede o desenvolvimento de todo o arco ribeirinho, comprometendo a construção do tão prometido porto de pesca artesanal e a qualificação turística da zona ,que viria substituir a actual área, tão profundamente degradada e esquecida.
Mas não vamos deixar este assunto cair no esquecimento. Com o apoio da C.M. de Almada,  
·       no próximo domingo, dia 23 Fevereiro
·       entre as 15h 30H e as 17h 30H
·       no Auditório da Costa da Caparica (Centro Comercial O Pescador)
terá lugar o debate:

1 ano após o anúncio de um mega terminal de contentores na Caparica-Trafaria: que futuro para a região?

Para além da animação com o grupo de teatro Os Improváveis, contamos com os seguintes intervenientes:
    Vasco Trigo (jornalista) – Moderador;
    Joaquim Judas – Presidente da Câmara Municipal de Almada;
    Marlene Marques - Presidente da associação ambientalista GEOTA;
    João Sousa Morais – Professor e Presidente Conselho Científico da Faculdade Arquitectura da U. de Lisboa – especialista em desenvolvimento regional;
    José Crespo de Carvalho – Professor Catedrático ISCTE-IUL, especialista em logística, autor de estudo sobre localização de portos em Lisboa e Setúbal;
    Membro da Administração do Porto de Lisboa (a confirmar);
    Marta Miranda – música (Oquestrada);
    Fernando Alvim – apresentador de TV e Rádio

 CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS PORQUE ESTE É UM ASSUNTO QUE A TODOS DIZ RESPEITO!
 
A Associação Contentores na Caparica-Trafaria Não!
 
 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Governo esquece terminal de contentores na Trafaria

Governo deixa cair o projecto de construção de Terminal de
Contentores na Caparica-Trafaria.

Parabéns a todos os que participaram nesta campanha!

Clique aqui na imagem para ver o vídeo

O secretário de Estado dos Transportes revelou no programa Negócios da Semana que o Governo abandonou a ideia de construir o terminal de contentores na Trafaria. Sérgio Monteiro diz que há alternativas que podem passar por construir o terminal no Barreiro ou em Algés.

Fonte: sicnoticias.sapo.pt

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Hoje - Audição Parlamentar da Petição contra o Mega Terminal de Contentores na Caparica-Trafaria - a indignação contra o atentado ambiental e económico chegou 6 meses depois ao Parlamento

A 9 de Abril foi entregue no Parlamento uma Petição contra Mega Terminal de Contentores na Caparica-Trafaria, subscrita por 6.420 pessoas, que defendia o desenvolvimento da Caparica-Trafaria, baseada no Plano Ribeirinho Sul, com aposta no turismo (em 2013 a praia da Caparica foi considerada a 5ª melhor praia urbana do mundo pelo site cheapflights) e na pesca artesanal.

O PROT-AML – plano regional de ordenamento do território – defende para a região a aposta no turismo e na preservação ambiental, que seria completamente colocado em causa pela construção do mega terminal de contentores da Caparica-Trafaria.


Mais de 6 meses depois da entrega da Petição, que na altura teve como primeiros subscritores a Presidente da Câmara Municipal, o Presidente da Assembleia Municipal e todos os 11 Presidentes de Junta de Freguesia, independentemente de serem da CDU, PS e PSD, os autarcas voltaram ao Parlamento para serem ouvidos na Comissão de Economia e Obras Públicas.

Nos meses seguintes à entrega da Petição vários acontecimentos vieram acentuar a justeza das posições tomadas, nomeadamente:
  • a audição no Parlamento do Presidente da Refer, em Maio de 2013, onde apresentou o projecto da via férrea, com um investimento à partida de 160 milhões de euros;
  • a audição da Presidente do Porto de Lisboa, em Maio de 2013, que não apresentou investidores, mas antes referiu que iria fazer um road-show para atrair esses investidores, mas entretanto estudos e obras iriam começar..
  • a audição dos Presidentes de Câmara de Almada, Lisboa e Barreiro e do Presidente da Junta Metropolitana de Lisboa, em Junho de 2013, que reafirmaram a oposição das autarquias eleitas contra o projecto;

  • a escandalosa demissão da Presidente do Porto de Sines, por parte do Ministro da Economia, exactamente na véspera de ir prestar esclarecimentos à Comissão  de Economia e Obras Públicas, em Junho de 2013, sabendo-se que está parado um investimento de expansão do porto de Sines que tem crescido a 2 dígitos, enquanto o de Lisboa está estagnado e que exigiria um investimento público de cerca de 10% do investimento do investimento público da Caparica-Trafaria;
A  Associação Contentores na Caparica - Trafaria NÃO, surgiu como a resposta dos cidadãos ao atentado ambiental, à destruição das praias da Costa da Caparica, à defesa urbanística da área e à delapidação dos dinheiros públicos.


Entretanto a sociedade civil também se organizou constituindo a associação cívica “Associação Contentores na Caparica - Trafaria Não!”, que também estará presente na Assembleia da República, tendo já desenvolvido diversas acções, desde a sua criação em Abril (ver no blog "Ações de Protesto").

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Terminal portuário na Trafaria é um interesse nacional?

Por Paula Chainho
(Liga para a Protecção da Natureza/Centro de Oceanografia)
 
O recentemente anunciado projecto para implantar um terminal de contentores na Trafaria inverte toda a lógica de pensar o ordenamento do território em convergência com os interesses nacionais.



O Governo propõe a transferência das operações de contentores de Lisboa para a Trafaria, com a justificação de a profundidade das águas nessa localização permitir receber navios de grande porte. Mas fica por explicar toda a lógica de aumentar o volume de mercadorias contentorizadas na região de Lisboa. Todo o investimento que tem sido realizado no porto Sines, enquanto porto de águas profundas, pressupunha uma estratégia nacional de centralização da entrada de mercadorias através deste porto, sendo os restantes portos direccionados para as importações/exportações da respectiva região.

Nesse contexto faria sentido todo o investimento efectuado ao nível das acessibilidades rodoviárias ao porto de Sines e as previstas para acessibilidade ferroviária. Tendo em conta que as acessibilidades ao porto da Trafaria são insuficientes para um projecto da dimensão do que é proposto, avançar com esta proposta significa um investimento elevado em novas acessibilidades para escoamento das mercadorias e, eventualmente uma nova ponte sobre o Tejo, uma hipótese posta de parte quando se discutiram os impactes ambientais da Ponte Vasco da Gama.


Não se percebe a coerência destas decisões, que parecem depender de interesses locais, numa altura em que o Governo centralizou e fundiu grande parte das instituições públicas, como foi o caso das Administrações de Região Hidrográfica, passando todas as decisões sobre a gestão da água para a Agência Portuguesa do Ambiente. Em contraste, as Administrações Portuárias mantêm a sua autonomia para regular o funcionamento do respectivo porto nos seus múltiplos aspectos de ordem económica, financeira e patrimonial, criando assim abertura para a competição entre portos. Onde está a lógica do interesse nacional?

Se este projecto levanta questões quanto aos benefícios do ponto de vista do desenvolvimento económico nacional, ainda levanta mais dúvidas em relação aos impactes ambientais das alterações previstas. A circulação de navios de grande porte requer a execução de dragagens frequentes, que alteram toda a hidrodinâmica estuarina e re-suspendem poluentes acumulados nos sedimentos, podendo originar problemas de qualidade da água. Para além disso, as operações dos próprios navios implicam libertação frequente de metais pesados e óleos para a área envolvente.

O aumento do tráfego marítimo acarreta ainda um acréscimo dos riscos de introdução de espécies exóticas provenientes de outras partes do mundo, uma vez que estas viajam nos cascos dos navios e nas águas de lastro, que são descarregadas para assegurar a estabilidade dos navios. Considerando a aposta no turismo na faixa costeira, que tem sido efectuada na margem Sul do Tejo, em particular no município de Almada, este projecto representa uma alteração significativa a essa opção estratégica, uma vez que implica uma degradação ambiental e paisagística da área.

O estuário do Tejo foi sempre uma área de conflito de interesses, requerendo um exercício de planeamento cuidado da compatibilidade entre as várias actividades pelo que, a proposta de uma nova zona portuária de grandes dimensões requer uma avaliação prévia muito mais cuidada da que parece ter ocorrido até agora.

Fonte: Setúbal na rede- clique aqui para ver