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quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Almada "sempre disse não" à linha ferroviária para a Trafaria
Projecto está previsto desde a década de 1960 e foi incluído no PDM de Almada, em 1993, sob protesto da autarquia.
A ligação ferroviária anunciada esta semana para o eventual terminal de contentores da Trafaria está prevista desde a década de 1960, mas tem contado com a oposição da Câmara Municipal de Almada há pelo menos 20 anos. “Almada sempre disse não”, afirma a presidente da autarquia, Maria Emília de Sousa.
Na apresentação que fez do projecto na Assembleia da República, na passada terça-feira, a Refer informou que o traçado está previsto no plano director municipal (PDM) de Almada. Maria Emília de Sousa recorda, no entanto, que esta inclusão foi feita contra a vontade do concelho.
O PDM foi aprovado pela Assembleia Municipal em 1993. Na altura, teve de incluir o ramal ferroviário da Trafaria, pois o mesmo estava previsto numa legislação anterior, publicada em 1965, na altura em que estava a ser construída a Ponte 25 de Abril.
Mas ao mesmo em que aprovaram o PDM, os órgãos autárquicos adoptaram uma posição formal a exigir que o Governo revogasse aquela legislação e cancelasse os planos tanto para aquele ramal ferroviário, como para outro que ligaria à Costa da Caparica. O primeiro furaria, em túnel, a arriba fóssil e passaria sobre a Mata de São João, e o segundo atravessaria a Mata dos Medos.
“O concelho tem uma posição muito clara, muito firme e muito fundamentada”, diz a presidente da Câmara. “Não venha a Refer dizer agora que aquilo já estava previsto no PDM”.
Projecto abandonado
Quando o plano director estava em elaboração, ainda se discutia a intenção de se construir um porto de águas profundas entre a Trafaria e o Bugio, repondo artificialmente um cordão dunar que ligava o farol à terra no princípio do século XX. Era o polémico projecto do fecho da Golada, que acabou por ser abandonado por razões ambientais no princípio dos anos 1990.
Esqueceu-se o fecho da Golada, não se falou mais do ramal ferroviário da Trafaria. Mas já este ano, a Câmara de Almada foi informada de que haveria “orientações superiores” para manter o corredor ferroviário na revisão do PDM, que está em curso há quatro anos, segundo diz Maria Emília de Sousa. “No tempo do fascismo é que o Governo dava orientações às câmaras municipais”, afirma.
O traçado apresentado pela Refer (ver infografia) corresponde aos planos que já havia há 20 anos. Se for construída, a linha terá três viadutos e três túneis, de modo enfrentar os desníveis que existem no percurso entre a estação do Pragal e a Trafaria. Passará pelo Monte da Caparica, entrando depois no seu maior túnel, com 615 metros. Mais à frente, percorre um novo túnel que perfurará o arriba fóssil da Costa da Caparica, saindo directamente num longo viaduto, com 1360 metros. Esta via elevada segue sobre a Mata de São João numa curva ampla até chegar à Trafaria, de modo a vencer o desnível com uma inclinação adequada aos comboios de carga.
Problemas ambientais
Passar pela Mata dos Medos – considerada um dos pontos naturais mais ricos de Almada e classificada como Reserva Ecológica Nacional – é um dos problemas ambientais que se irão colocar ao projecto. Outro será o atravessamento da arriba fóssil, que foi uma das razões que afastou a opção de uma eventual ponte ao lado da 25 de Abril, quando se estudou a segunda travessia do Tejo em Lisboa, nos início dos anos 1990.
Associações ambientalistas já se manifestaram contra a intenção da Refer. “Os impactos serão certamente muito significativos. Deve-se pensar seriamente se a obra deve ser feita ou não”, afirma João Joanaz de Melo, presidente do GEOTA, citado pela agência Lusa. “A pouca informação que há sobre o projecto indica que é uma obra com utilidade duvidosa, com custo elevadíssimo e com impactos ambientais e sociais altamente lesivos”.
Para a associação Quercus, falar da linha ferroviária antes de se conhecerem os detalhes do terminal de contentores da Trafaria é um absurdo. “Está-se uma vez mais, à semelhança do que aconteceu em projectos anteriores, perante uma inversão total do processo de planeamento”, disse à Lusa a vice-presidente da Quercus, Carla Graça.
Fonte: Público- Leia o artigo aqui
Surfistas dizem não a contentores na Trafaria
Cerca de três centenas de surfistas, bodyboarders e windsurfistas formaram um Círculo Surfista nas praias entre S. António e S. João, na Costa da Caparica, em sinal de protesto contra a instalação do mega terminal de contentores na Trafaria, que inclui a construção de uma linha férrea para mercadorias, que atravessará a localidade.
Este projecto “terá uma influência negativa em milhares de pessoas. Não só para quem reside na Trafaria e Costa da Caparica, mas em toda a população da Grande Lisboa que frequenta estas praias”, afirma Pedro Dionísio, membro da Associação “Contentores na Trafaria Não”, responsável por esta iniciativa que decorreu na manhã de sábado, e teve o apoio da autarquia, e da organização SOS – Salvem o Surf.
“Quando explicamos às pessoas as consequências que o terminal de contentores terá nas duas localidades e nas praias, ficam indignadas e interrogam-se sobre como o mesmo pode ser aceite ambientalmente”.
Aliás, segundo Pedro Dionísio, “não existe qualquer estudo ambiental sobre este projecto ou, se existe, não foi dado a conhecer publicamente”.
A mesma questão é colocada pela presidente da Câmara de Almada, Maria Emília de Sousa, que esteve presente nesta iniciativa, assim como a presidente da Junta de Freguesia da Trafaria, Francisca Parreira. "Isto é anacrónico, isto não faz sentido. Só pode ter uma justificação: há aqui um grande negócio", disse a presidente da Câmara.
Entretanto a edil quer saber “o que o ministro do Ambiente, Moreira da Silva, tem para nos dizer. Queremos saber se corrobora, se está de acordo com este crime ambiental de lesa-pátria". E acrescenta: "Também quero saber o que pensa o ministro da Economia, Pires de Lima, relativamente a esta questão".
É que, segundo a autarca, o primeiro-ministro nunca esclareceu se este projecto era movido pelos anteriores ministros da Economia e do Mar ou se é um projecto assumido pelo Governo.
Maria Emília de Sousa criticou ainda a construção de uma ferrovia de mercadorias que vai servir a nova infra-estrutura portuária e que atravessa a arriba fóssil para fazer a ligação à plataforma logística do Poceirão.
A Associação “Contentores na Trafaria Não”, vai continuar a trabalhar para recolher apoios contra esta mega infra-estrutura, nomeadamente através de um abaixo-assinado que já tem cerca de 2 mil subscrições e será enviado ao primeiro-ministro.
“As pessoas podem também acompanhar a nossa acção através da nossa página no Facebook [a conta é o nome da própria associação] e, futuramente, através de um blog”, avança Pedro Dionísio.
Fonte: Jornal da Região- Artigo original aqui
Estudo encomendado pelo porto de Lisboa arrasa terminal de contentores da Trafaria
Documento elaborado pela A.T. Kearney diz que investimento só será competitivo com recurso aos transportes rodoviários.
O terminal da Trafaria (TCT), que foi apresentado pelo Executivo há alguns meses para alargar o porto de Lisboa, só é viável com o recurso ao transporte rodoviário.
A conclusão está num estudo que a Administração do Porto de Lisboa (APL) encomendou à consultora A.T. Kearney, datado de Junho deste ano, e a que o Negócios teve acesso. “O modo intermodal de/para o TCT mais interessante para os agentes económicos é a rodovia (mais barato e operacionalmente mais eficiente), não se apresentando outras soluções (ferrovia, barcaça, RoRo) economicamente competitivas”, diz o documento.
O mesmo estudo adianta mesmo que “a não serem criadas as acessibilidades rodoviárias, o TCT perderá significativamente competitividade a favor de portos alternativos”. Recorde-se que o presidente da Refer, Rui Loureiro, disse em Maio que a solução para a ligação ferroviária entre o futuro terminal de contentores da Trafaria e Lisboa terá custos associados de cerca de 152 milhões de euros, a que se somariam outros oito milhões para expropriações.
Além disso, segundo a A.T. Kearney “a ausência de uma vantagem competitiva em custo de transporte terrestre, tempo de entrega e disponibilidade de ligações ao ‘foreland’ não deverá permitir um alargamento significativo do ‘hinterland’ do Porto de Lisboa para Espanha” .
O mesmo documento afirma que “o TCT terá impactos socio-económicos directos importantes: em 2048, estima-se que gere 90 milhões de euros de consumo intermédio, contribuindo com 35 milhões para o PIB, e tenha criado mais de 340 empregos directos”, afirma a consultora que diz que “um cenário de inexistência do TCT ou de terminais de contentores em Lisboa poderia onerar a economia regional em cerca de 50 a 80 milhões de euros por ano (em 2048), respectivamente”.
Fonte: Jornal de Negócios- Clique aqui para ver
Barreiro e Mar da Palha para travar contentores na Trafaria
O estudo da DHV, de 2007 aponta três alternativas para o terminal de contentores de Lisboa: Trafaria, Barreiro e Mar da Palha, no meio do rio.
Um novo terminal de contentores na Trafaria está a ser alvo de forte contestação, mas não restam muitas alternativas se essa via não vingar.
Segundo um dos estudos sobre este projecto, enviado pelo secretário de Estado das Obras Públicas, Sérgio Silva Monteiro, na semana passada para a Comissão Parlamentar de Economia, existem duas hipóteses: no Barreiro, nos terrenos da Quimiparque, e no Mar da Palha, numa plataforma no meio do rio, em frente ao Terreiro do Paço.
Fonte: Económico- clique aqui para ver
Governo admite rever calendário do porto na Trafaria
O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, admitiu hoje que o calendário para a transferência do terminal de contentores de Lisboa para a Trafaria, concelho de Almada.
O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, admitiu hoje, pela primeira vez, que o calendário para a transferência do terminal de contentores de Lisboa para a Trafaria, no concelho de Almada, pode ser "sacrificado" a favor da existência de um consenso.
"A localização é o que menos releva.
Se tivermos de sacrificar o calendário em nome do consenso social e económico, sacrificar-se-á. E depois no final do dia o mercado é que terá de dizer o que quer fazer", disse Sérgio Monteiro, em conferência de imprensa.
Se tivermos de sacrificar o calendário em nome do consenso social e económico, sacrificar-se-á. E depois no final do dia o mercado é que terá de dizer o que quer fazer", disse Sérgio Monteiro, em conferência de imprensa.
O governante frisou que "não há nem um euro" de investimento público na questão da localização, sublinhando que a localização "é uma questão secundária no processo".
"Gostávamos de gerar consenso sobre se precisamos ou não de aumentar a capacidade na região de Lisboa", disse. Sérgio Monteiro afirmou, ainda, que "o consenso é um ativo" que Portugal "tem de aprender a valorizar na sociedade" e que o Governo "tudo fará para obter primeiro o consenso quanto ao diagnóstico e depois discutir todas as outras matérias, porque elas estão em aberto".
O concurso para o terminal de contentores da Trafaria deverá ser lançado no final do ano. A construção desta infraestrutura está prevista no plano de reestruturação do Porto de Lisboa, apresentado pelo Governo em fevereiro, e que contempla, também, a concessão do terminal de cruzeiros e a criação de uma nova marina.
Fonte: Expresso- clique aqui para ver
Contentores da Trafaria atravessarão o Tejo em ferryboat
Uma empresa de consultoria propõe transporte de contentores em camiões, por ferryboat, entre a Trafaria e Pedrouços, em Algés.
O terminal de contentores da Trafaria deverá ter um escoamento para as cargas que se destinem à margem norte e aos arredores de Lisboa: uma ligação de ferryboat até à doca de Pedrouços, em Algés.
O Expresso sabe que esta proposta já foi apresentada à Administração do Porto de Lisboa (APL) por consultores que avaliaram a viabilidade económica e financeira deste projeto.
Esta ligação de ferry - que deverá ter utilização mista, de camiões carregados com contentores e passageiros -, constará no estudo feito pela empresa de consultoria internacional AT Kearney a pedido da APL.
O Expresso confirmou que a APL já recebeu o estudo, embora não faça comentários sobre o seu conteúdo, "que ainda está a ser analisado".
Leia o artigo aqui
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
sábado, 17 de agosto de 2013
terça-feira, 13 de agosto de 2013
sábado, 3 de agosto de 2013
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