in Tvi24 em 22.03.2013
sexta-feira, 22 de março de 2013
Posição da Presidente da Câmara Municipal de Almada
Maria Emília Sousa, Presidente da Câmara Municipal de Almada refere que os autarcas do município de Almada há muitos anos que recusam a construção de um mega terminal de contentores na Trafaria. O modelo de desenvolvimento do concelho não passa por aqui. Esta situação, a concretizar-se, corresponderá a um gravíssimo crime ambiental de lesa pátria (posição comum de todos os presidentes de Juntas de Freguesia do concelho afectos ao PCP, PS e PSD).
Autarcas de Almada vão entregar a Assunção Esteves petição contra terminal de contentores in Público
Os autarcas de Almada solicitaram esta sexta-feira uma audiência à presidente da Assembleia da República, para entregarem uma petição contra construção do terminal de contentores na Trafaria.
Em comunicado enviado à agência Lusa, os presidentes da Câmara Municipal de Almada, da Assembleia Municipal de Almada e da Junta de Freguesia de Almada informam que solicitaram a audiência com Assunção Esteves, “tão breve quanto possível”, para entregarem em mão o resultado da petição.
A petição refere que a construção de um mega terminal de contentores na Trafaria “corresponderá a um crime ambiental de lesa pátria”, exigindo que o Governo “abandone de imediato essa intenção”.
A recolha de assinaturas para esta petição resulta da aprovação, por autarcas e cidadãos em plenário da população da vila da Trafaria, no passado dia 23 de Fevereiro, de uma resolução em que se previa a realização desta iniciativa.
Leia a notícia online aqui
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segunda-feira, 11 de março de 2013
TERMINAL DE CONTENTORES DA TRAFARIA- Filibuster
Se dúvidas houvesse da total incapacidade demonstrada pelo Ministro da Economia e do Emprego e pelo Secretário de Estado dos Transportes e das Comunicações, o anúncio do novo Terminal de Contentores na Trafaria é a prova final de que não sabem o que estão a fazer no Governo.
Este anúncio é a demonstração do reconhecimento do Governo que a política económica levada a cabo até aqui é desastrosa e não nos trouxe a lado nenhum. Um Governo que desprezou qualquer tipo de investimento público que estava previsto, e até orçamentado, e decidiu parar tudo, mesmo o que comprovadamente melhorava a competitividade nacional, com grande prejuízo para o Distrito de Setúbal, vem agora anunciar um investimento, sem qualquer critério, de mil milhões de euros num Terminal de Contentores da Trafaria.
A primeira pergunta que qualquer pessoa faz, ao tomar conhecimento do projeto e do investimento, é: porquê um Terminal de Contentores na Trafaria? Não se questiona sobre a necessidade de investir no Distrito de Setúbal e em particular na Trafaria. Muito importante seria que se investisse naquele território e se encontrassem formas de gerar emprego numa terra e numa região que estão a ser prejudicadas porque se cancelaram vários projetos de investimento que estavam previstos como a linha ferroviária para Sines, o TGV, a terceira travessia, o novo aeroporto e muitos outros investimentos em equipamentos sociais. Será que este é o investimento mais racional e mais necessário para que a economia gere mais emprego?
Não só nos devemos questionar sobre o impacto que um novo terminal de contentores na Trafaria terá na restante atividade económica e portuária da Área Metropolitana de Lisboa, Distrito de Setúbal e Lisboa, porque pode tornar o transporte de mercadorias mais demorado e mais caro, porque a zona não está preparada para as cadeias logísticas se instalarem, porque a maioria das mercadorias, até para exportação, têm como destino a margem norte, porque agrava as externalidades ambientais negativas na zona com impacto no turismo da Costa da Caparica, como devemos constatar que o investimento tem o mero objetivo de substituir a atividade portuária de Lisboa, ou seja, não visa criar novos postos de trabalho e nova atividade económica, apenas substituir existente.
A decisão de libertar a movimentação de carga da zona de Santa Apolónia para dar outra dimensão ao Terminal de cruzeiros é correta, mas substituir toda a atividade portuária em Lisboa teria um impacto económico e no emprego imprevisível, porque não assegura a reabilitação urbana e dinamização económica nas áreas do porto, criando um problema ainda maior. Estamos a fazer experimentalismo económico perigoso e mesmo que tivéssemos 6% de desemprego e estivéssemos a crescer, só com uma demonstrada mais-valia económica é que se tomariam decisões com este grau de risco. Não admira por isso que as Câmaras das áreas envolvidas, Lisboa e Almada, bem como a Junta de Freguesia da Trafaria, estejam contra.
Se o Governo finalmente reconhece que é necessário investimento e que o Distrito de Setúbal foi fortemente prejudicado com as suspensões e os cancelamentos dos investimentos previstos então que retome alguns dos investimentos que estavam programados, começando desde logo por acelerar a ligação ferroviária a Sines. Há muito para fazer e não é preciso inventar.
(Artigo igualmente publicado no Portal Setúbal na Rede)
Fonte: filibuster- Leia o artigo aqui
sábado, 2 de março de 2013
Opinião Especialista de Gestão Portuária
Jorge de Almeida, administrador da doca seca da Bobadela, especialista em gestão portuária afirma:
"O tempo da Trafaria foi há 20 anos, porque hoje é absurdo imaginar que há espaço para dois portos de águas profundas em Portugal, colocando a Trafaria a concorrer com Sines numa fase em que a operação de contentores de Sines está a crescer."
"O tempo da Trafaria foi há 20 anos, porque hoje é absurdo imaginar que há espaço para dois portos de águas profundas em Portugal, colocando a Trafaria a concorrer com Sines numa fase em que a operação de contentores de Sines está a crescer."
in Expresso Online em 02.03.2013
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